Durante o IX Simpósio Brasileiro de Sistemas Elétricos (SBSE 2022) aconteceu o painel “Gestão da ciência e sustentabilidade na atividade de P&D no Brasil”, realizado com a participação do INESC P&D Brasil. Diversos aspectos do tema proposto foram analisados e debatidos durante a reunião. Realizado próximo à Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o simpósio deste ano aconteceu entre os dias 10 e 13 de julho, tendo sido organizado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). O painel, que aconteceu no dia 12, é um dos eventos em comemoração dos 10 anos de existência do instituto.
Na apresentação foi trazida ao debate a possibilidade da utilização dos resultados dos projetos para modelar um futuro mais sustentável, evidenciando os resultados alcançados, dando mais liberdade e reduzindo a carga burocrática dos pesquisadores. Após a parte inicial, ocorreu uma discussão sobre a sustentabilidade da pesquisa tecnológica, suas fontes, e como não é possível ela se manter apenas de financiamento a montante. Aspectos do novo programa de PDI da ANEEL e a regulação da remuneração em atividades P&D, foram também abordados.
A especialista em regulação de serviços públicos da ANEEL, Dra. Carmen Sanches, explica que o significado da sustentabilidade da pesquisa seria um projeto ou uma ação que traz como característica uma utilização contínua dos resultados que pode ser assegurado e testado depois da finalização do projeto e da ação. “Não se deve buscar apenas aproveitar o conhecimento, ou disseminar os resultados dos grupos de interessados, mas também agregar valor e buscar realmente a mudança e renovação, além de impactar positivamente a sociedade”, aconselha.
Segundo um dos organizadores do painel e pesquisador associado ao INESC P&D Brasil, Gabriel Bolacell, a apresentação foi vista com bons olhos pelos participantes do SBSE 2022, e deu a oportunidade para os pesquisadores envolvidos no Simpósio discutirem a gestão da ciência e a sustentabilidade da pesquisa, com os órgãos reguladores das atividades de P&D no Brasil. “Painéis como o proposto no SBSE, possibilitam a identificação de novas rotas, no âmbito nacional, para o aprimoramento da gestão da ciência e sustentabilidade da P&D&I, observando o que as empresas, que investem em projetos de P&D, esperam de fato como resultados dos investimentos aplicados em atividades desta natureza”, conclui ele.
Além disso, o painel contou com a participação do diretor de Ciência da FAPERGS, Dr. Rafael Roesler, da especialista em regulação de serviços públicos da ANEEL, Dra. Carmen Sanches, assessor técnico do departamento de estruturas e de projetos do MCTI, Dr. Pedro Renan, secretário de estruturas e de projetos do MCTI, Dr. Marcelo Meirelles, do diretor técnico do TBE, Dr. Paulo Nepomuceno e o diretor da AGITTEC da UFSM, Dr. Daniel Bernardon, além do Diretor Presidente do INESC P&D Brasil, Vladimiro Miranda.